Polly po-cket
Página Inicial
jp
BELLO:
- Dr, fale logo o que aconteceu com ela.
DR. BRUNO:
- Já te disse.
BELLO:
- Posso ir vê-la?
DR.BRUNO:
- Sim.
Cena 02 / Casa de Rosana / Manhã:
ROSANA:
- Amor, será que escolhemos o melhor
para os nossos filhos?
ALBERTO (Lendo jornal):
- Acho que sim. Você matriculou eles em
qual curso mesmo?
ROSANA:
- Conhecimentos gerais. Sendo assim,
eles poderão, após o curso, contar com
diversas profissões.
ALBERTO:
- Será que a mensalidade não vai ser
muito cara?
ROSANA:
- Acho que não, porque tem
envolvimento com serviços públicos.
ALBERTO:
- Você sabe que as nossas condições
finaceiras não são boas.
ROSANA:
- Tenha fé em Deus. Se formos pensar
em condições nunca iremos dar nada aos
nossos filhos. O futuro deles é muito
importante para nós.
ALBERTO:
- Você sempre com ironia, pensando que
eu não quero que eles façam algum
curso... Mas depois não reclame que está
faltando comida, calçado e talz.
ROSANA:
- Eles são mais importantes do que
açúcar, chinelo...

Cena 03 / Hospital particular / Quarto /
Manhã:
Bello entra no quarto onde Alice está. Ele
entra devagar com medo do que poderá
ver.
Ela está deitada e totalmente coberta
com um pano branco.
BELLO:
- Alice? Alice?
(Ela não responde.)
Então ele tira o pano e leva o maior susto
de sua vida:
A pele da garota estava totalmente
descascada, solta; os ossos estavam
visíveis; o nariz estava cheio de algodão;
os lindos cabelos loiros tinham se
tornado em coisa parecida com bombril;
os olhos estavam fundos cobertos de
olheiras.
Bello nunca imaginou que o amor de sua
vida poderia ter virado aquilo, uma coisa
fora do normal. Então ele chama o
doutor.
BELLO (Quase chorando):
- Doutor, o que é isso?
DR. BRUNO:
- Infelizmente é a realidade.
BELLO:
- Como que um monstro pode fazer uma
coisa desta?
DR. BRUNO:
- Será necessário fazer várias cirurgias
plásticas.
BELLO:
- Quanto custa?
DR.BRUNO:
- Cirurgia do nariz, da pele, do queixo.
Uns R$50.000,00.
BELLO:
- Depois falo com você.


Cena 04 / Praça / 12h00:
MARI LÚCIA:
- O que será que aconteceu com o Pedro
e com o Bello?
TEREZINHA:
- Não sei. Só sei que se o Pedro estivesse
aqui, ele não deixaria destruir a casa de
saúde.
MARI LÚCIA:
- Sabe, eu acho que todos morreram.
TEREZINHA:
- Ai! Cruz credo! Nam...
MARI LÚCIA:
- Já se passaram muitos dias e nenhuma
notícia.
TEREZINHA:
- É, agora fiquei sem meu emprego.
MARI LÚCIA:
- Eu arrumei um emprego na nova
faculdade.
TEREZINHA:
- De quê?
MARI LÚCIA:
- De professora, ora.
TEREZINHA:
- Você bem que podia arranjar um pra
mim de cozinheira ou faxineira.
MARI LÚCIA:
- Vou tentar amiga.
Cena 05 / Delegacia / 13:45:
João Carlos está mexendo no
computador. De repente o telefone toca:
JOÃO CARLOS:
- Alôu?
ANÔNIMO:
- Olá! Quero fazer uma denúncia.
JOÃO CARLOS:
- Quem tá falando?
ANÔNIMO:
- Não posso falar. É que o Xavier, aquele
bebedor nojento, está com muito
dinheiro, últimamente está comprando
muita coisa. Acho estranho! Ele não
trabalha.


JOÃO CARLOS:
- É verdade. Me fale mais..
ANÔNIMO:
- Ele não tinha nada, só a vida, e já tá
falando até de comprar carro. Eu aposto
que ele tá roubando.
JOÃO CARLOS:
- Vou investigar, muito obrigado!
Cena 06 / Hospital / 14:45 Hrs.:
BELLO:
- Doutor, eu preciso da sua ajuda.
DR.BRUNO:
- Pode falar.
BELLO:
- Eu estou há dias sem dar notícias para
meus familiares. Preciso voltar para São
Rogério. Você poderia ser encarregado
de cuidar da Alice?
DR.BRUNO:
- Como assim?
BELLO:
- Eu deixo tudo pago.
DR.BRUNO:
- Eu posso cuidar apenas dos
procedimentos.
BELLO:
- Quero que faça a cirurgia e deixe ela
em perfeitas condiçôes.
DR.BRUNO:
- Impossível!
BELLO:
- Faça a cirurgia e após cinco dias ela
pode ir embora.
DR.BRUNO:
- Ok! Deixe o dinheiro.
BELLO:
- Ok! A cirurgia e cincos dias de repousos
ficarão pagos. Se ela perguntar por mim,
diga que eu morri. Adeus!!! Deus que me
perdoe...


CONTINUA...